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Ilha Comprida - Quinta-Feira, 12 de Junho de 2025 - Hora:10:17

Projeto que previa equiparação salarial é vetado: entenda os motivos e o que pode acontecer a partir de agora

Na sessão realizada nesta terça-feira (10), a Câmara Municipal de Ilha Comprida decidiu manter o veto da prefeita Maristela Cardona ao Projeto de Lei nº 053/2025, que previa a equiparação salarial entre os cargos de Auxiliar de Desenvolvimento Infantil e Professor de Creche.

 

O tema gerou debates, principalmente entre profissionais da educação e moradores que acompanharam a proposta. Mas afinal, por que o projeto foi vetado? A prefeita poderia ter sancionado? E o que pode ser feito daqui pra frente?

 

✅ O que dizia o projeto?

O texto propunha igualar os salários dos auxiliares de desenvolvimento infantil aos dos professores de creche da rede municipal. A ideia era valorizar os dois cargos, que atuam juntos no atendimento e desenvolvimento das crianças pequenas nas escolas públicas.

 

⚖️ Por que a prefeita vetou?

O veto foi baseado em parecer jurídico, que apontou que o projeto tratava de assuntos que são de responsabilidade exclusiva do Poder Executivo, como:

 

  • Alteração salarial de cargos públicos;
  • Organização administrativa da Prefeitura;
  • Uso do orçamento municipal.

 

De acordo com a Constituição Federal e a Lei Orgânica de Ilha Comprida, somente a prefeita pode apresentar esse tipo de proposta. Quando esse tipo de projeto parte do Legislativo, mesmo com boas intenções, ele se torna inconstitucional, ou seja, nasce de forma errada.

 

❌ A prefeita poderia ter sancionado mesmo assim?

Não. Mesmo que estivesse de acordo com a ideia, a prefeita não poderia sancionar o projeto, pois isso violaria o princípio da separação entre os poderes. A Constituição deixa claro que leis sobre cargos e salários públicos devem partir do Executivo. Sancionar o projeto significaria validar uma iniciativa que estava fora dos limites legais.

 

🧾 E por que a Câmara manteve o veto?

Ao analisar o parecer jurídico e os argumentos legais, a maioria dos vereadores da Câmara decidiu manter o veto. A decisão respeita os princípios da legalidade e da separação entre os poderes.

 

 

📌 E agora, o que pode ser feito?

Apesar do veto, o assunto continua sendo importante e pode avançar de outra forma. A Prefeitura, se entender que há condições orçamentárias e administrativas, pode apresentar uma nova proposta, dessa vez de iniciativa própria, que trate da valorização dos profissionais da educação infantil.

 

Isso pode ser feito com base em diálogo com os servidores, estudos técnicos e planejamento financeiro, respeitando a legalidade e o equilíbrio das contas públicas.

 

🧩 Por que é importante respeitar esses limites?

Na administração pública, as regras existem para garantir o bom funcionamento entre os poderes. O Legislativo (Câmara) tem a função de criar leis e fiscalizar, enquanto o Executivo (Prefeitura) é quem organiza os gastos, cuida da estrutura e executa as políticas públicas.

 

✍️ Conclusão

O veto ao projeto foi uma decisão técnica e legalmente correta, tomada com base na Constituição e nas normas da administração pública. Mas isso não encerra o debate sobre a valorização dos profissionais da educação — ao contrário, reforça a importância de buscar caminhos dentro da lei para que o reconhecimento chegue a quem atua todos os dias cuidando das nossas crianças.

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