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Segunda-Feira, 05 de Agosto de 2019 - Hora:09:46

Startup dos EUA promete “fazer qualquer tipo de peixe” a partir de células de peixe

Nos Estados Unidos, parecem ser tendência, dado o destaque na bolsa de valores e em redes de fast food, as startups que usam a tecnologia para criar a chamada “carne vegetal”: hambúrgueres e almôndegas que são feitos de soja, ervilha ou beterraba, mas que tentam imitar o gosto e a consistência da carne.

 

Nomes como a Fazenda no Futuro, no Brasil, querem seguir a trilha dos colegas americanos: o grupo já chegou à avaliação de US$ 100 milhões. Por outro lado, já há no mercado startups que se dedicam a fazer carne de laboratório – ou peixe, caso da americana Finless Foods, criada por dois doutores em bioquímica que ambicionam fazer sushi e sashimi a partir das células de espécies raras.

 

Um desses casos é o do atum rabilho (blue fin tuna, em inglês), peixe que já chegou a valer US$ 10.800 o quilo em um leilão no Japão.

 

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o presidente executivo da Finless Foods explica: “Podemos produzir carne de espécies raras, com sabor fresco, dentro do laboratório”.

 

A empresa tem sede em São Francisco e foi criada em 2016. Um de seus apoiadores é a IndieBio, aceleradora especializada em biotecnologia, além da ONG NewHarvest, cujo foco é a pesquisa de novas soluções para a segurança alimentar.

 

Selden, que é formado em bioquímica, conta que se inspirou em técnicas da indústria farmacêutica para a Finless Foods. Atualmente, há células isoladas em laboratórios que produzem substâncias antes encontradas apenas no sangue de animais específicos.

 

“Alimentamos as células com nutrientes, esperamos que elas se reproduzam e damos a ela complexidade para se transformar em filés”, explica.

 

Após protótipos em 2017, agora a empresa se prepara para lançar, nos próximos meses, seus primeiros filés. O foco: o mercado de luxo.

 

A iniciativa vai de encontro a um problema que se torna urgente: ano passado, a FAO (sigla em inglês para a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) alertou que o consumo de peixe cresceu 3,2% ano a ano desde a década de 1960. A produção, por outro lado, subiu só 1,6%, o que pode se tornar insustentável caso se considere o número crescente de pessoas em busca de peixes como forma mais saudável de alimentação.

 

Indagado sobre o porquê de se fazer peixe a partir de células de peixe, o empresário define que são várias as razões: “Hoje, a cadeia de produção do peixe é bastante cruel – envolve a vida em cativeiro, antibióticos e hormônios, ou então, muitas vezes, práticas de pesca predatória. Fazer peixe a partir de células de peixe é um bom argumento porque elimina a crueldade – afinal, não há uma consciência por trás da carne”, diz.

 

“É também mais saudável, uma vez que podemos produzir alimentos sem afetar a saúde dos oceanos, sem mercúrio, plástico ou substâncias artificiais. Para quem gosta de boa comida, nosso peixe pode ser extremamente fresco. E para quem busca comer coisas diferentes, podemos produzir, nos Estados Unidos, um tipo de peixe que só existe no oceano do Japão, por exemplo”, destaca.

 

"Fazer peixe com células de peixe é um bom argumento porque elimina a crueldade. É também alternativa mais saudável", reforça.

 

Fonte: br.noticias.yahoo.com

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