Na sessão da última terça-feira, 20 de maio, o caso voltou a ser debatido na Câmara Municipal. O vereador e atual presidente da Casa, Miltinho, lamentou profundamente a reprovação do Requerimento nº 051/2025, que buscava justamente esclarecer a situação e trazer luz à controvérsia. A proposta foi rejeitada por 8 votos contra e 3 a favor.
O requerimento apresentado por Miltinho solicitava informações à Prefeitura Municipal sobre os seguintes pontos:
Segundo Miltinho, o tema voltou à tona após ele receber mensagens e cobranças de moradores pelas redes sociais, pedindo esclarecimentos sobre a situação dos aluguéis do Paço Municipal.
“Por ser um assunto antigo, acabou passando batido durante um bom tempo. Mas como fui cobrado recentemente por munícipes, achei necessário trazer o tema de volta ao debate com responsabilidade. O requerimento foi feito a pedido da população e com o único objetivo de buscar respostas”, afirmou o vereador.
Miltinho também afirmou que continuará insistindo para que o caso seja devidamente esclarecido, respeitando o direito da população de ter acesso às informações sobre o uso do dinheiro público. Segundo ele, o papel da Câmara é fiscalizar e garantir a transparência dos atos do Executivo.
O contrato de aluguel foi firmado em 1º de junho de 1999, entre a Prefeitura de Ilha Comprida e a empresa proprietária do imóvel, com a assinatura dos sócios Mônica Becker e Alcides Torço, além do então prefeito Décio Ventura. O valor estipulado à época foi de R$ 60 mil pelos primeiros 12 meses. No entanto, em 2000, a empresa foi oficialmente encerrada na Receita Federal.
Mesmo com o encerramento da empresa, os pagamentos teriam continuado a ser efetuados ao longo de seis gestões diferentes, sem atualização contratual clara ou transparência sobre quem, de fato, vem recebendo os valores. A ausência dessas informações no Portal da Transparência motivou o presidente da Câmara a buscar respostas formais por meio do requerimento rejeitado.