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Sábado, 21 de Junho de 2025 - Hora:20:04

Raríssimo tubarão de duas cabeças é visto no litoral de SP e intriga cientistas

Um tubarão duplo — conhecido como tubarão siamês, com duas cabeças — foi observado recentemente na praia de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo. A descoberta impressionou biólogos e chamou a atenção da comunidade científica, trazendo à tona discussões sobre anomalias genéticas em espécies marinhas vulneráveis

 

O que é um tubarão siamês?

Conhecido cientificamente como “dicefalia”, esse fenômeno ocorre quando um embrião em desenvolvimento não se separa completamente, resultando em duas cabeças, dois corações e, frequentemente, duas colunas vertebrais independentes. Essa condição é extremamente rara, especialmente em animais de grande porte, e muitas vezes compromete a mobilidade e a sobrevivência no ambiente selvagem.

 

Por que esse avistamento é tão importante?

Segundo biólogos do Instituto de Biologia Marinha e Meio Ambiente (IBIMM), com colaboração do Instituto de Pesca de Santos, essa é a primeira vez que um tubarão-galhudo com duas cabeças foi registrado na natureza — uma descoberta inédita no Brasil e possivelmente no mundo.

 

O animal apresenta uma estrutura duplicada desde a cabeça até a região anterior do corpo, enquanto o restante do corpo segue unido, demonstrando mais uma vez como essas variações são complexas e raríssimas .

 

Registro histórico similar de tubarão-galhudo siamês

 

Fatores possíveis por trás da anomalia

  • A dicefalia geralmente resulta do falho processo de separação entre embriões idênticos, ou seja, gêmeos que não se completam na divisão completa.

  • Embora alguns especulem que a poluição marinha — com metais pesados nos oceanos — possa contribuir para mutações, ainda não há evidências científicas conclusivas ligando diretamente essas condições à contaminação.

 

O que isso revela sobre a espécie

  • O tubarão-galhudo (Carcharhinus plumbeus), que costuma atingir até 4 metros de comprimento, habita áreas rasas como baías e estuários. Está classificado como vulnerável devido à pesca excessiva

  • A ocorrência de dicefalia, além de rara, normalmente resulta em morte precoce, devido aos desafios na natação, alimentação e fuga de predadores

 

Imagem ilustrativa de embrião de tubarão com dicefalia.

 

Por que observar mutações é importante?

  1. Registro inédito na natureza — amplia nosso conhecimento sobre variações genéticas em espécies marinhas.

  2. Base para futuros estudos — ajuda pesquisadores a entender melhor causas e frequências dessas anomalias.

  3. Reflexão ambiental — o caso reforça a importância da conservação de áreas costeiras e da vigilância contra poluição.

 

Esqueleto com duplicidade de cabeças exposto em museu marinho

 

O que vem por aí

A equipe do IBIMM segue analisando o tubarão para entender a magnitude da mutação e documentar cientificamente o caso. O estudo pode ser publicado em revistas de biologia marinha e genética, contribuindo para bases de dados internacionais.

Enquanto isso, o avistamento serve como alerta para a fragilidade dos ecossistemas marinhos e a importância de resguardar habitats costeiros que hospedam espécies únicas e vulneráveis.

 

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